quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Último.

Eu em um dia lindo num lugar lindo registrado por Bee.

Como todo final de ano, desde 2005, pego uma caixinha na qual guardo cartas-fotografias-e-afins e viajo no tempo. Em 2009, não houve muita movimentação na caixa. Mas o que entrou com certeza irá me dar a sensação de brilho que tenho ao ver as coisas dos outros anos.
Pulseiras do jam no MAM, flores secas, papéis, fotos 3x4... Tudo isso ficou guardado. A carta de Sofia, por exemplo, é uma das coisas que eu não canso de ler. Além de ter vindo de longe (Portugal), me sinto feliz quando leio a mesma.
Pensar no que fiz no ano, pra mim, é engraçado. Dá nostalgia, felicidade, remorso, arrependimento, vontade de chorar, vontade de explodir colorido... Enfim, sensações que eu não sei explicar.
Sensações que irão se repetir a cada final de ano, pois como já é de costume, abrirei a caixa e pensarei: valeu a pena.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Está no manual.

Com um cacho caído, olhos brilhantes, boca com sabor-de-quero-mais, vestida com uma lingerie branca (essa é a favorita, creio eu), unhas vermelhas, cheiro de corpo, curvas perigosas e tem mais coisas para você descobrir... Gravou o que eu disse? Então, é assim que te espero. Bem do jeito que você gosta...

Desligou o telefone, pegou as taças para vinho e aguardou o próximo cliente.

-
Como podem perceber, voltei. Um abraço.
Obs: Para quem não sabe, esta na foto sou eu.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sinal de vida.

Vista do Farol da Barra

Bom, agora posso dizer: férias. Por enquanto estou curtindo o fato de não fazer nada e não estou postando no blog. Volto em breve (Em breve mesmo).

Um abraço em vocês.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cardápio

Eu, por Vanny.

Beijos no café da manhã,
eu na sua janta

Nós na cama,
o amor pela casa

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Céu instântaneo.


Acende um cigarro
Olha pra cima
Traga
Solta pra cima
Nuuuuuuuuuvem

Deita
Traga de novo
Olha pra cima
e agora nuuuuvem

Hora da viagem
Puxa
Traga
Cima
Nuuuuuuuuvem


Desculpem por isso acima, mas quando você fica sem o que fazer, acontece coisas como esse texto. Bom, dei sinal de vida. Ainda estudo para a segunda fase do vestibular. Vamos ver se dar certo... Abraço.

Obs: Achei essa foto no Deviantart, esqueci de quem é.

sábado, 5 de dezembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Rua Arlindo Amoroso, um pé de pimentas.

E era lá que moravam Beto, Bito e Buto. Três pimentinhas! Tinham mania de perturbar qualquer um. Não tinham pena nem do Presidente da República, que uma vez ou outra aparecia num quartel não tão distante da morada deles. E é uma dessas passagens do presidente que irei relatar para vocês. Afinal, foi um marco na vida daqueles três. Agora marque na mente de vocês a seguinte cena: uma piscina grande, uma ponte sobre ela, entrada do quartel após a ponte, uma mangueira com mangas maduras, sol, calor, o Presidente, os três meninos e os soldados marchando. Gravou isso? Então posso apertar o play.
Era corriqueiro ver aqueles três tomando banho na piscina que era proibida. Por ser proibida e por serem do jeito que eram, eles entravam. E como sempre eram expulsos. Corriam mais que o bicho mais rápido que existe nesse mundo.
Mas nesse dia... Ah! Esse dia! Chegaram cedinho lá. Na hora em que os soldados marchavam para exibir não-sei-o-que para o Presidente.

Beto: - Ê, é hoje! É hoje!
Bito: - MARCHA SOLDADO! CABEÇA DE PAPELÃO!

Os três se abaixavam, segurando a respiração para não serem "descobertos". De repende, ouviu um silêncio. Aqueles que dão arrepios! A marcha voltou. Foram para debaixo da ponte, precisavem respirar. Respiraram olhando para cima, fato que fez Buto observar as mangas prontas para serem aproveitadas.
Como falo de Beto, Bito e Buto, essas mangas serviriam para alguma peça. E dito e certo. Com ajuda de umas pedras, derrubaram umas cinco.

Bito: - MARCHA SOLDADO! CABEÇA DE PAPELÃO!

Buto jogou três mangas em um soldado. Se abaixaram e foram para debaixo da ponte. Voltaram.

Os três: - MARCHA SOLDADO! CABEÇA DE PAPELÃO!

Aí o Presidente se irritou e foi o primeiro a gritar:

- PEGUEM ELES! AGORA!

Uns quinze soldados correndo atrás das três criaturas. E risada pra lá, e grito para cá... Como alguns dizem: um verdadeiro bafafá! Como todo lugar que tem água, tem lugar que escorrega. E pior: cairam os três! Que nem as mangas que caiam quando o vento passava. E para o azar dos três, foram pegos. Seis soldados para pegar os três: era um para segurar pelas mãos e outro para segurar pelas pernas.Como eram três, foi preciso seis homens, como já disse.
E choravam, pediam pelo-amor-de-Deus, chamavam pela mãe, pelo pai, pelo tio, pela prima e os soldados não soltavam o prêmio. Levou os três para um quarto escuro.

- Onde você mora? - Perguntou um dos soldados.
- Na Rua Arlindo Amoroso, casa três... - Bito falou desesperadamente.

Não demorou vinte minutos para mãe dos três chegarem ao local. E foi a mesma que tomou a bronca pelos meninos... Sendo que eles fingiam brincar na rua de Carlinhos, que ficava a dois minutos da casa deles.

Soldado: - Da próxima, verá o que vai acontecer com vocês! Serão presos, entenderam? Presos!

Afirmaram com a cabeça e com lágrimas caindo sem parar. Passaram dias e eles ficaram quietos. A rua toda estranhou. Perguntaram se havia doença no meio, se resolveram mudar, se alguém fez algo neles e eles calados. Mas como eles adoravam perturbar e eram do jeito que eram, voltaram a bagunçar. Dessa vez na praia, afinal, ficaram com trauma de piscina e soldados marchando.

Para minha aluna Mariana.

Só para constar, não sei o que anda acontecendo comigo, mas meus textos não conseguem mais serem curtos. No mais, postei no Amanda O. Fotografou: http://enquantoissoeufotografo.blogspot.com/

Um abraço em todos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um passado distante presente nos meus pensamentos.

- Mil novecentos e setenta. Ano que não me esqueço por nada. Motivos? Eu era jovem, psicodélico, tropical, brasileiro, filho da puta e apaixonado por Janis Joplin. Meus pais sempre me disseram que eu tenho um mau gosto para tudo. Mau gosto para parceira, para comida, para cor... Até para profissão! Mau gosto! Vamos mudar de assunto, falar em minha família me lembra minha ex mulher, que me lembra meus filhos, que me lembra gastos... Eu tento não lembrar de problemas, mas é inevitável quando você é pobre, feio e gordo (É claro que eu não era assim nos anos 70, vale ressaltar). Por tocar no número setenta, vou continuar o que estava dizendo. Eu era fãnzaço de Janis. Discos, camisetas, poster, suposto chiclete que ela mastigou... Se duvidasse, ela estava comigo. Na verdade, na minha imaginação estava. Sabe como é jovem, meu caro? Tudo era motivo para festa com as mãos, se é que me entende. Ainda mais quando se pensava em Janis... Ah, Janis! 1-9-7-0! Agora sim falarei o que eu queria falar... Ano em que ela... Foi para o inferno. É lógico que ela não ia para o céu... Não adianta nem cogitar em pensar numa coisas dessas. Eu sofri, quase morri. E foi depois de um porre por causa da morte da amada que acabei conhecendo a minha Amada. Que virou esposa, que virou mãe dos meus filhos, que virou amante do meu melhor amigo, que não vejo mais. Ou seja, uma filha da puta. Minha vida sempre foi de perdas. Perdi meu filho na praia em 1983. Deve ter ido atrás de Iara... Outra filha da puta também. Desculpa falar assim com você assim, garçom. É que tomar 10 garrafas de cerveja sozinho me deixou assim. Nem sei por que estou aqui. Nem sei por que...
- Senhor, quer a conta?
- Não, deixa eu dormir.
- O senhor tem certeza?
- Sim.

Deitou na mesa, dormiu e nunca mais acordou. Acredito que foi se encontrar com Janis. O único e verdadeiro amor da vida frustrada que ele levava.
-

Texto inspirado na música Maybe, claro que é Janis.

Obs: Fui bem no vestibular!

sábado, 14 de novembro de 2009

Amanda O. Fotografou.

Resolvi mostrar outra visão minha, a visão fotográfica. Espero que gostem!

http://enquantoissoeufotografo.blogspot.com/

Obs: Continuarei desatinando por aqui!
Obs 2: Amanhã é a tal prova da Ufba.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Cigarros ao som de Bowie.


foto por Lina Magalhães

Você finge que não sabe, mas eu sou louca por você. Odeio quando me ignora, odeio o seu modo de sempre discordar, odeio você por completo. Agora me pergunte se me vejo sem estar ao seu lado? Se eu viajo no que você diz? Se eu adoro seus surtos, seu sexo, seu tudo? Quando penso nisso, te amo por completo. Triste ou feliz, quero você aqui comigo. Como você sempre está! Com sua triste viola, tocando Starman e fingindo que não me ouve enquanto repito isso todos os dias.

-

Tenho tanta coisa para postar, porém tenho preguiça. Preguiça? Não, é agonia para o vestibular no domingo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sobre carne e batatas.

Tudo começou com o meu almoço. Prato do dia: carne e batatas. Pode parecer algo comum, mas não é. Eu quero falar é dele, meu caro leitor. Ele que voa, que escreve, que desenha, que pinta, que sonha, que é. Seu nome? Calma. Ele que me encanta, me tira risos contidos, me faz querer escrever mais, mais e mais... Quem é ele? Calma. Ele que faz com que você mude de mundo com a escrita, que põe cada palavra para fora como poesia. Ele? Calma. Agora eu o convido para uma parceria. Parceria em algo que ele me inspira. E-s-c-r-i-t-a.

Então, Lucas, me dá a mão e vamos voar para o paraíso das palavras?


Obra: Au Dessus De La Ville - Chagall

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

(A)Mar.

Uma das fotografias do meu portifólio.

Apesar de ser difícil, a minha profissão é uma das coisas que eu mais amo. Pesco a alegria dos meus filhos à cada peixe, pesco amores por ser pescador (ou pesco ilusões e entrego à outras?), pesco os filhos de Janaína*... Estar no mar da Bahia é a minha vida. Sou pescador, meu nome é Mario. Nasci e vou morrer no mar. No mar da Bahia, que me traz vida, amor, alegria e paz...

* Janaína = Yemanjá.

domingo, 1 de novembro de 2009

Corriqueiro.

Olhos de minha irmã. Achei que a foto combinaria com o texto...

Foi um dia sem sal. Faltou até aquele velho tempêro, o amor. Esse que os anos acabaram desgastando. Eu queria que tudo fosse como antes. Te juro, queria. Mas quando algo não é para ser, não é. Você falando desparadamente, eu querendo silêncio. Aumentei o som do carro para não te ouvir! Mas não temos mais a vontade de não brigar... Você começou a berrar e a sua voz me irritou muito em pouco tempo. A vontade que eu tinha era de abrir a porta do seu lado e te jogar para fora. Eu poderia ter falado isso pessoalmente... Mas cheguei ao ponto de não querer te ver mais. E antes que esse fim, vire tragédia "romântica", termino aqui a nossa história. Não foram 4 anos jogados no lixo, mas também não foram os 4 anos mais felizes de nossa vida. Só espero que me entenda (ou finja fazer o mesmo). Gosto muito de você, mas para mim não dá.

Até algum dia,

João.

-

Infinitivamente pessoal: Faltam 15 dias para a prova do vestibular, desejo-me sorte.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bossa da Saudade

Lagoa Rodrigo de Freitas - RJ. Foto tirada dentro do carro. Set. / 2008

Na linha do seu mar,
consigo me encontrar
No seu clima contagiante,
faço a bossa mais delirante

Ai, meu Rio
Ai, minha saudade

Se isso é sonhar,
Peço nunca acordar.
Que venha a garota de Ipanema...
Que venha o sal de Copacabana...

Ai, meu Rio
Ai, minha saudade

Agora é pôr-do-sol,
meu amor não se põe,
saudade fica
e o Rio de Janeiro continua lindo.

Ai, meu Rio
Ai, minha saudade

-

Dedico essa bossa à minha saudade (que tem sido cada vez maior), à Isa, ao Vitor, ao Moreira e à todos aqueles que aspiram sentir a beleza que o Rio de Janeiro guarda nele.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Keep me in mind.


E foi naquele dia em que ele disse as coisas mais bonitas para mim. A começar pelas flores! Ah, que flores! Com certeza, as mais lindas que já vi. Depois veio aquele abraço (aconchegante, do jeito que eu gosto) com uma pequena frase:

- Encontre a surpresa!

A curiosidade falou mais alto. Andei pela sala e nada. Olhava para ele e só via risos. Comecei a gargalhar junto e nada ele me contava. Procurei mais e mais e quanto mais procurava, mais risos escutava. Até que resolvi levar as flores até a cozinha. Foi nessa hora que um pequeno papel caiu no chão. Me abaixei, peguei e rapidamente fui ler. Não tinha nada escrito.

- Mas, o que tem esse papel?
- Eu disse: uma surpresa!
- Não vejo nada! Acho que está de brincadeira comigo! Sabe que sou curiosa...
- Surpresa!
- Que surpresa?

Foi até que virei o papel. E nele, havia escrito Keep me in mind no canto do papel. Olhei para ele e sorri. Ele segurou minha mão e fomos para...

*
Acordei, o sonho acabou.

Obs: Quem acompanhou o antigo blog, já deve ter visto este texto. Eu gosto tanto dele, por isso, o postei aqui.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Despedida.

Na foto: Isa (http://estradadosol.blogspot.com/)

""Eu vou até você, para me despedir. Aconteceu algum imprevisto na Marinha e meu pai vai ter que voltar para o Rio."

Antes que você se assuste, isso foi um sonho que tive. E foi o que fiz, me despedir de você. Eu não conseguia falar nada direito, você só fazia chorar e eu só sabia cantar "Ah, se já perdemos a noção da hora... Se juntos já jogamos tudo fora, me conta agora como hei de partir?".

O que será que isso quer dizer? Talvez que não saberia deixar a minha pequena aqui. Talvez por te amar demais... Vai saber, Isa?

Obs: Um beijo
Obs 2: Eu te amo um tantão!"

Recado que deixei para um dos meus maiores amores, minha amiga Isa. Postei aqui para não esquecer e para lembra que eu a amo. Não que eu me esqueça disso, mas é sempre bom lembrar.

sábado, 24 de outubro de 2009

Quando escurece, a gente enlouquece III.

Essa foto é resultado de uma noite de insônia.

Depois de uns três anos de "namorico" (Acreditem: eles não se encontram constantemente! Os encontros são entre uma noite ou outra...), eles começaram a cansar da saudade imensa que os dias traziam. Ela pegou o telefone e ligou para ele. Disse que precisava pôr ponto final em alguma coisa. Ele, desesperado, chegou na casa dela em 15 minutos.

Ele: E agora, o que houve?
Ela: Amor demais.
Ele: E é nele que vai pôr ponto final?
Ela: Não...
Ele: Ai, meu coração... (Beijo o rosto dela loucamente)
Ela: Calma, deixa eu respirar...
Ele: Respire (Segurou a mão dela)
Ela: Chega de saudade, case comigo.
Ele: Caso sim.

Se beijaram. E mais uma vez, colocaram o amor em dia. Saudade é bom? É. Mas é ruim demais quando dois viram um. Ela e ele. Eles e o amor.

Ainda em parceria com Vítor
(http://ouromina.blogspot.com/)

Eu e os meus obs's: Layout novinho! Agora sim haha
Obs 2: Eu vou ter que fazer a lista de blogs de novo... Caso eu não comente no blog de vocês, está explicado o motivo. Juro que vou ler tudo, juro!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quando escurece, a gente enlouquece II.

OBS: Parte I: http://enquantoissoeudesatino.blogspot.com/2009/09/quando-escuresce-gente-enlouquece.html

Depois de todo aquele "bafafá", eles ficaram um tempo sem se ver. Vergonha? Talvez. Falta de tempo? Talvez. Desencontro? Com certeza. Apesar dos rumos diferentes, como tudo aquilo que se completa, eles se encontraram.

Ele e ela: Você sumiu!

Risos curtos.

Ele e ela: O que houve?

Não é possível! Eles conseguem ser um só até na fala? Outros risos.

Ele: Me adora?
Ela: Adoro sim.

Deram as mãos e foram tomar um café. Afinal, precisavam pôr o papo e o amor em dia.

Quando escurece, a gente enlouquece (Por ele): http://ouromina.blogspot.com/2009/10/quando-escurece-gente-enlouquece.html

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Au revoir, le temps de vivre!

Não posso esquecer: vôo 6412, linha Fly, as 15:20! Para onde eu vou? São Paulo. Dizem que o que vou fazer é uma loucura, mas o que seria da vida sem o prazer de arriscar? Irei conhecer o meu futuro namorado. Nunca o vi pessoalmente, só por foto mesmo. Conversamos através de uns e-mails... Uns poucos e-mails. Loucura? Que nada, é só vontade de viver! Agora tenho que ir, já são 14:40 e eu não quero perder a chance de tirar os pés do chão. Me deseja boa sorte? Obrigada. Um abraço.

Fotos feitas na viagem que fiz ao Rio de Janeiro, são de 2008.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Azul.

"É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais"
(Só tinha de ser com você - Jobim)

Foi para o mar. Ao chegar lá, começou a nadar. Tentou chegar no infinito que o mar mostra ter, mas faltou fôlego, coragem e técnicas de natação. Começou a boiar com os olhos fechados, só para sentir o balanço das ondas que a levava aos poucos. Pra frente... Pra trás... Naquele ritmo que só o azul tem. Por falar em azul, lembrarei de outro azul. O azul do céu. Abriu os olhos enquanto boiava e chorou. Chorou cantarolando "me deixa morar nesse azul". A impressão que ela tinha era a de que havia encontrado o que queria. O azul do mar, o azul do céu e o prazer de flutuar. Foi morar no azul. Morreu afogada. Ainda não sabemos em qual azul ela está. Só sei que ela deve ter encontrado a paz...

Na foto: A minha pessoa.
Foto por: Gabriela.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Metamorfose.

Layout, corte de cabelo, roupas, energias... Enfim, tudo novo agora. Bom final de semana para todos.

Obs: Amanhã posto um texto digno, eu estou sentindo falta de um blog pessoal.
Obs 2: Assim que acabar de ler esse, passe logo para os próximos. Garanto que tem coisa melhor...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tereza prolixa.

"Maluco de poema beleza"
Sem cabeça e sem pé
Foi o que Tereza disse.

Tereza sabe muito
e sabe pouco.
As coisas estão na frente
e Tereza não enxerga.
É tudo tão simples, Tereza...

Avisa a Tereza
que a vida dela não é
dadaísmo.




Obra: Cinzas, do querido Munch.

Comentário da Autora (Risos): Caso não me entendam, Tereza é confusa - tão confusa ao ponto de não ver que tudo é tão simples.

sábado, 26 de setembro de 2009

Quando escurece, a gente enlouquece.

Ele: Sabe, eu adoro viajar!
Ela: Eu não costumo viajar. Me falta dinheiro, fôlego...
Ele: Não preciso de dinheiro para viajar...
Ela: ...
Ele: Quando eu leio, eu viajo!
Ela: ...
Ele: Quando eu sonho, eu viajo.
Ela: ... (Tira a mecha que cai sobre o rosto)
Ele: Quando eu converso, eu viajo.
Ela: ... (Acende um cigarro e o observa)
Ele: ...
Ela: São que horas?
Ele: Acho que 23:48...
Ela: Hm...
Ele: ...
Ela: Noite, né?
Ele: É, noite...
Ela: Você viaja em mais o quê?
Ele: Beijo.
Ela: Viaje em mim?
Ele: Quando eu te olho, eu viajo.
Ela: E quando beija?
Ele: Eu te beijei?
Ela: Não.
Ele: Quer viajar?
Ela: Sim.
Ele: Quer voar?
Ela: Sim.
Ele: Melhor, quer viajar-flutuar?
Ela: Já disse que quero (Apaga o cigarro e deixa o cinzeiro na mesa).
Ele: Então te beijo.
Ela: Me beija.

Olhos fechados, pés fora do chão, mãos apertadas, coração quase saindo na boca e uma viagem em direção ao amor. Cama, desejo, gozo e amor. Amor, amor e amor.


Com amor, para meu amigo Vitor.
(http://www.ouromina.blogspot.com)

Antes que pensem errado, é amigo mesmo. O fato de estar unida por uma amizade de pura poesia, me faz sentir vontade de escrever. Ele é um dos meus incentivadores, eu fiz esse texto imaginando a reação dele. E de fato, ele merece ter esse texto dedicado para ele.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

C'est la vie, mon'amour.

Na foto: minha prima Lara, ontem na praia

- Mamãe, leva pra lá? - apontou para o mar.
- Levo, minha bebê.
- Mamãe, isso dodói?
- Isso? Água?
- Aham.
- Não, filha. Só se você for para lá - apontou para o fundo do mar.
- Ahh...
- Mãe, chão.

Ao coloca-la no chão, Ester quis aproveitar as pequenas ondas para pular sobre elas. Entre um pulo e outro, uma pequena queda. O mais interessante, não foi o fato dela ter levantado sem chorar, foi o questionamento sobre algo que eu nunca ouvi uma criança perguntar.

- Mãe, porque cai?
- Porque você se desequilibrou, filha.
- Quando a gente cai, a gente levanta (pequeno riso).
- Sim, filha!
- Porque, mamãe?
- Um dia você vai entender...
- Mas a gente sempre cai e levanta, né, mamãe?
- C'est la vie, mon'amour. C'est la vie...

Ester voltou a brincar com as ondinhas e eu fiquei pensando... A vida é cheia de altos e baixos. Melhor que sempre que tem um "baixo", a gente se acaba, mas levanta. C'est la vie, c'est la vie...

Obs: "C'est la vie" = "É a vida!"
Obs 2: Nada disso citado no texto aconteceu. Esse foi mais um fruto da minha querida imaginação (que tem ficado cada vez mais fértil).
Obs 3: Não estou conseguindo comentar em alguns blogs - antes que alguém pense que não dou valor aos textos dos outros.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Demasiada carta de amor.


"Mas só quero que saiba, meu bem, te levo sempre comigo..."
(Descansar - Canto dos Malditos na Terra do Nunca)

Tem coisas que são que nem tatuagem. Você é uma delas. O meu maior sonho é poder voar - eu não tenho asas... Mas quando lembro que tenho você, me sinto nas nuvens. Me sinto, te sinto, sinto. Me provoca arrepios, me faz pensar, me enlouquesce, me faz feliz! Adoro poder falar todas essas coisas. Mesmo sabendo que não é recíproco. Se um dia achar essa carta, essa demasiada carta de amor, irá ler o que não consigo falar. Mostro o quanto vale amar. Enquanto amo, esqueço que tudo isso é utopia. Utopia essa que me faz imaginar que tenho você. Ah... como é bom ter você! Quando lembro que tenho você, eu entendo o que é amar. Por isso, me amo, te amo, amo.

Com muito amor (e utopia),
Maria dos Sonhos

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O grande pulo.

Foto de Agosto/2008

Oi, meu nome era Guilherme, tinha 18 anos e uma história que já se passou na vida de vários jovens. Certa vez, estava no meu quarto, trancado, pensando na vida... Cheguei à conclusão de que eu deveria ser eu mesmo. Bem clichê, né? Digno de quem ainda não formou nenhuma opnião, mas que usa as que já foram formadas. Posso contar minha história? Então, eu sempre me senti diferente dos outros meninos da minha sala. Até que nesse dia, resolvi botar tudo pra fora. Botar o que nem eu sabia direito o que era. Um sentimento maluco, mas diferente dos que eu escutava dos outros do colégio. Até que um dia descobri. Como eu contaria para meus pais? E para meus amigos? E como eu ia lidar comigo mesmo depois desse dia? Foi aí que me tranquei no quarto, coloquei num papel uma frase e coloquei meu mp3 nas alturas. Essa música seria a música que definiria a minha descoberta. Sentei na janela e percebi que morar no 8º andar é quase chegar no céu. E tentei chegar no céu! Fiquei de pé na janela e dei um salto mortal. Mortal nos dois sentidos: no das voltas e no que me fez morrer. Pior de tudo: ninguém sabe até hoje o que eu sou. Descobri que sou homossexual. Ah! E o que estava escrito no papel? I will survive.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O amor nos tempos modernos II

Se conheceram em Salvador, durante um ensaio para uma apresentação que aconteceria em breve. Só que na Europa! Você sabe o quanto deve ser bom cantar lá? Enfim, não é isso que eu quero falar. Estou aqui para contar a história de duas mulheres. Haia, moreníssima, dona de uma voz espetacular e muito amor para dividir com o mundo. Lua (Será mesmo esse o nome dela? Ainda não sei...), cabelos cor de mel, olhos da cor do céu quando a tarde está linda... Não tão linda como Lua, mas é bonita. E por que eu estou querendo descrevê-las? Se o que mais importa aqui é o que aconteceu... Sabe como é, artista com artista... Tudo doido, meu Deus! Durante a viagem, dentro do avião, era super possível perceber uma troca de olhares... Uma coisa bem "caliente". Mas vai saber se era mesmo? E eu, curiosa como sempre, fiquei só olhando... Vai que eu perceba algum lance bonito e tenha algum motivo para escrever depois (Como esse agora!)? No dia seguinte, não me perguntem como, mas consegui de alguma forma conversar com Haia. Não lembro como comecei, mas consegui. Aí ela não aguentou, me contou tudo. Contou da "viagem" que ocorreu dentro daquele quarto, naquele hotel em algum canto da Europa. Não é que as duas tiveram um caso? Mas daqueles beeeeem loucos, capaz de fazer qualquer um voar. Bem que me disseram uma vez: artistas são tudo doidos. Se envolvem entre eles de uma forma tão intensa que não se importam se o sexo é oposto ou não. O que importar é expandir qualquer forma de amar. Ah, o amor...

Obs: As histórias com Haia por aqui não acabaram, aguardem!

sábado, 12 de setembro de 2009

Saudosista ou muitos copos de cerveja?

Foto tirada no Rio de Janeiro, 2008

Eu estou aqui, nessa mesa, nesse bar e com a velha e companheira saudade. Por incrível que pareça, penso em você umas 500 vezes por dia. Se me olho no espelho, lembro da gente. Se grito, se bebo, se choro, se enlouqueço... Eu não sei se devo parar de beber ou se devo apagar tudo aquilo que me deixou: uma carta, um beijo na testa e muito saudosismo.

" Zé Ninguém, 25 anos, morre afogado dentro da sua banheira".
Rio de Janeiro, 17 de Janeiro, 1948

Obs: Não sei se perceberam, mas a vinheta usada na foto forma um coração. Esse movimento na foto lembra o que eu vejo quando bebo além do limite. Espero ser compreendida. Hasta la vista.

domingo, 6 de setembro de 2009

João da Silva, o maroto carioca.


Observação: Esse texto foi produzido depois de tanto escutar o nosso querido Cartola. Desde que vi essa foto, quis escrever algo para a mesma. Como não soube descrever o que sentia ao vê-la, comecei a deduzir o que poderia sair da minha imaginação a partir dela. Espero que gostem desse pequeno retrato que fiz sobre algo que conquistou a muitos (muitas também, vale ressaltar): a malandragem. Segue um dos frutos da árvore da minha imaginação:

Repórter: Meu nome é Joana, sou repórter da TV Brasil e estou aqui com o João da Silva, mais conhecido como o velho malandro do Rio de Janeiro. Estamos aqui para mostrar para vocês que a malandragem não tem fim... Pelo menos na vida desse senhor. Conta aí para a gente, como foi a sua vida de marotagem?

João da Silva: A minha vida de malandro não começou cedo. Pelo menos na minha época, 18 anos não era ser tão novo. Meu apelido era "moreno delícia". Um metro e oitenta, sorriso maroto e malemolência que só o malandro carioca tem. Todas me conheciam... Todos também, eu não era fácil. Podia brincar com Deus, mas comigo não! Nunca fui de perder briga... Nem mulher... Isso aí é comigo mesmo. Era de lei: sexta, cerveja, violão, minha camisa listrada e o meu chapéu branco. Conheço a Lapa do começo ao fim, já cansei de dormir entre os becos, entre as pernas... Ô tempo bom, sabia? Conheci Maria da Luz, minha mulher, numas casas de sambas que tinham em Jacarepaguá. Que mulher magnífica, colega! Se tem uma coisa que eu amava nessa mulher é que toda vez que eu chegava do bar do João, sempre encontrava o meu prato de feijão pronto, o cinzeiro na janela, o violão à minha espera e aquele cheiro de cozinha que ela tinha (Ganhou esse perfume quando casou comigo, compreende?). Mesmo casado, minha vida de malandro não acabou. Pulei a cerca algumas vezes, mas o meu amor mesmo era e ainda é Luzinha (ou Maria da Luz, como os outros a chamavam)... Só eu sei o quanto a amo... Agora olhe só pra mim: barrigudo e velho. Não batuco mais na caixa de fósforo, não esgoto minha energia com as morenas, não tenho o sorriso de malandro que tinha antes... Agora vivo de uma aposentadoria mesquinha e do jogo do bicho. Qual é?! Tá pensando que vida de malandro acaba por causa de uma barriguinha de tantos porres? Não, não e não. Hoje estou sem Luzinha, ela resolveu encontrar com Deus. E eu acabei me encontrando por aqui também... Estou e sempre estarei casado com a malandragem. Essa sim, eu só largo quando estiver debaixo da terra (Risos e uma pequena pausa para o comercial).

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O amor nos tempos modernos.


Ainda bem que agora você está dormindo. Cabeça apoiada sobre o meu peito, vestida por um lençol branco, maquiada com marcas de um amor bem feito... Até agora não consigo recordar como foi que ganhei você. Acho que vou diminuir a dose de wisky... Mas está sendo lindo ver esse cena... E como está! Até a forma como seu corpo incha enquanto respira é bonito de se ver. Essa sua boca pintada com batom-vermelho-borrado-pelo-nosso-prazer, essa aparência de pecado, você! Ah, você está sendo maravilhosa pra mim... Hum... Mas como é seu nome mesmo? Eu não sei! Só sei que ainda quero te comer com os olhos, com a boca, com o sexo e com paixão. Quando essa fome passar, não se preocupe. Pago o seu táxi para ir para casa, querida mulher que conheci ontem na boate.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ácido.


Você me corroi por dentro. Seu nome deveria ser Ácido. Este sim é o seu papel na minha vida. Agora mesmo, não sei o que doeu mais: ouvir Cliquot* no rádio e a voz de Marianne Faithfull ao mesmo tempo (Acredite, depois de muito tempo resolvi ligar a televisão... E para piorar, passava a canção As tears go by - Lembra que ela cortava meu coração em pedaços?) ou saber que você não voltaria mais para o que chamamos de nosso lar. Talvez seja melhor assim. Como é que dizem mesmo? Antes só do que mal acompanhado. Ou mal amado? Quem sabe?

-
Esse texto é fruto da leitura do livro "Os dragões não conhecem o paraíso", Caio Fernando Abreu.

* Da banda Beirut.

domingo, 30 de agosto de 2009

Grandes amêndoas.


Eu não sei se gosto mais do seu gosto ou se gosto do gasto
Talvez sejam esses seus olhos graúdos
Que me hipnotizam e me arrastam
Talvez seja só saudade...

Sempre talvez, nunca certeza
Nunca? Realmente seria certo usar nunca?
Vai saber...
Só sei que são essas grandes amêndoas que me fazem voltar

Me levam para o lado surreal da vida
Me levam até você
Me levam à loucura
Me levam ao prazer


Obs: Ilustrei com os olhos de Paul porque não veio outro na minha mente.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Atenção: curvas perigosas.

Auto(curva)retrato

Pra não dizer que não avisei, irei repetir:
Aviso que não sou uma estrada fácil,
que não é fácil se encontrar em mim
e que não sei ser constante

As minhas curvas são para você se perder
As minhas curvas são para você se perder em mim

Caso você se perca ou pare em algum lugar,
Saiba que posso te ajudar, posso te dar
e que posso te encontrar

Sabe onde moro, sabe como me chamo
e sabe que, embora perigosas,
nas minhas curvas estão o seu lugar


Inspiração: Na música " O Seu Lugar - 3 na Massa" (Obs: Com a voz de Thalma de Freitas, é impossível não se inspirar).

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pausa dramática no relógio dele.

Hoje foi a vez dele estar no bar. Motivo número um: ele tinha que esperar dar 12:30 para ir embora. Motivo número dois (o mais lógico): ela. Sim, ele sabia que era improvável a presença dele ali, mas nunca se sabe, não é mesmo? 12:01, 12:01, 12:01... Olha para o lado, ri de alguém com algum jeito estranho de andar. 12:02. 12:02, 12:02... Pega um caderninho, escreve uma besteirinha e volta para as horas. 12:03, 12:04, 12:04... É, acho que o tempo brinca com as pessoas. 12:05! Pronto, agora ela chega. Olha para o lado e... nada. 12:05, 12:06, 12:06, 12:06... Puta que pariu, foi o que ele pensou. 12:07, 12:07... Deve ser agora... Devia, mas não foi. Pegou um livro, começou a se destrair. Afinal, o tempo brinca com as pessoas. A hora passou. 13:05, já era para ter ido embora. Pagou as duas cervejas, deu um gole rápido no último copo e saiu correndo. Como já disse: o tempo brinca com as pessoas, já era hora dele se tocar que já devia estar em casa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para a dona dos oceanolhos.


Devo adimitir que me irrito muito com você. Que sinto vontade de te encher de murro e dar uns gritos no seu ouvido para você tomar jeito. Mas quem sou eu para mudar alguma coisa? Aliás, porque eu faço isso mesmo? Não sei se você conhece, mas isso se chama amor. Lembra o duro que dei para te agradar? E ainda mais: lembra de tudo o que eu já fiz por você, querida? E quer saber de uma coisa? Faria isso tudo de novo! Não sabe o quanto é bonito sentir frio na barriga por ouvir suas palavras de felicidade. Não sabe o quanto é doloroso ver você chorar. Não sabe o quanto é engraçado ouvir suas piadas. Seus relacionamentos, seu riso, seus olhos, seus surtos, suas manias, seu tom de voz... Você, em geral, é uma das coisas que eu mais gosto nessa vida. E sabe porque, Polizinha? Porque somos amigas, porque eu te amo e porque você existe. Obrigada por me deixar desfrutar do laço que criamos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prosa para um poeta I.

Na foto: Avenida 7, Salvador - Ba.

Um encontro totalmente diferente de todos os outros que ele teve. Onde já se viu ver uma mulher sozinha no bar? E ainda te digo mais: ela escrevia. Que coincidência... Ele também. Não foi preciso muito tempo para o mesmo tomar coragem de ir falar com a moça. Cinco segundos ou menos. Acredite, em cinco segundos dá para pensar em muita coisa. Pensar? Mudem esse verbo para agir. E foi o que ele fez: agiu. Foi até ela, como quem nada queria, puxou um espaçozinho para uma prosa. A conversa estava boa, mas ele precisava ir. Ela? Nem tanto. Tinha a tarde toda para continuar ali sentada. Então, ele saiu. Foi fazer o que era para ter feito antes de conversar com a tal. Só que durante o caminho, ele só pensava naquela conversa que não saia da cabeça. A forma de exaltar a Grécia, o jeito de reclamar sobre a falta de criatividade nos seus textos, a maneira como ela falava... Enfim, foram várias coisas que fizeram com que ele não parasse de pensar nela. E para dar um "up" na vida ou até mesmo para fazer uma cena de cinema imaginário, ele voltou. E lá estava ela: sentada na mesma cadeira, observando a vida alheia. Sentou ao lado dela, continuou a antiga prosa. E essa prosa era uma das prediletas dele: pessoas diferentes se identificam com pessoas diferentes, sabiam? O que ela dizia, ele completava. Do que ela falava, ele ria e adorava. Mas as horas passam e já era hora dele ir trabalhar. E antes que ele fosse, ela o deu uma luz (ou uma proposta? que seja!). Apartamento mil e seis. Essa foi a última coisa que ele escutou. Ele ainda vai voltar para perguntar onde fica o prédio em que ela mora. Ele pensa em voltar para aquele mesmo bar. Ele pensa. Por enquanto só pensa!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Debaixo dos caracóis do meu cabelo.


Assim ele adormeceu. Era uma noite como qualquer outra, uma mulher como qualquer outra… Calma! Eu não sou uma mulher como qualquer outra. Sou a menina dos olhos dele. Além das curvas dos meus cabelos, outras curvas o encantavam. As das costas, das pernas, dos ombros… Enfim, todas as curvas que podiam ser vistas naquele quarto. E era comigo que ele sabia que tinha um lugar para repousar: debaixo dos caracóis dos meus cabelos.

-

Eu estou me segurando há dias para não levar esse blog para o lado pessoal, mas isso eu tenho que contar. Eu estava muito chata. Tensão Pré-Monsrtrual? Talvez. Cansaço? Talvez. Falta do que reclamar? Talvez. Não sei o motivo e nem pretendo descobrir. Estava brigando por tudo e com todos. Ainda bem que passou! Dei uma ajeitadinha no visual. Pintei o cabelo, dei um jeito na sombrancelha, estou perdendo peso... Vamos ver se dá jeito!

Obs: Já havia postado esse texto em outro blog... Antes de deletar o mesmo, vou postar os textos que valem alguma coisa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eu sou sua menina, viu?


Pode me ignorar, pode continuar jogando essa fumaça no ar, pode! Só você sabe o quanto e quando você pode. Pensa que eu não sei que esse é o seu joguinho? Ora, Chico, desde que me conheço como sua gente, me derreto quando põe a mão tampando um dos seus oceanolhos, quando canta baixinho, quando dá meia volta numa caminhada na praia... Eu vou te seguir onde quer que você vá, vou ser seu prato do dia, seu pra todo dia ou qualquer outra forma de me definir como sua refeição. Ah, Chico, não faça de conta que não me ouve! Larga essa fumaça e vem para cá... Venha ver o bem que você faz ao meu corpo...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Uma dose de eufemismo, por favor!


João e Flora. Estavam os dois sentados na mesa que tinha na frente da janela daquele buteco. Falavam sobre eles... Que outro assunto mais dói num casal do que falar sobre eles? Ela desviava o olhar, tentava mudar de assunto e o ser não queria trocar o tema.

- Esse papo está chato. Que tal falar sobre cinema?
- Não, Flora! Eu vim aqui para falar sobre nós.
- Então vamos falar sobre a gente... Você ouviu a música nova de Chico?
- Não, me diga, tu gostou? Ora, vimos para conversar sobre a gente, não troque o assunto, por favor... Você tem errado bastante comigo! Você não me liga, você não me visita, você tem me machucado! Não sabe mais meu número? Está ficando louca...

E ele foi falando sem parar. Quanto mais ele falava, mas ela prestava atenção em qualquer outra coisa dentro dos olhos dele para fingir que ouvia alguma coisa. Até que um garçom apareceu do lado dela...

- Garçom!
- Sim, senhora?
- Gostaria de uma dose!
- Quantos anos? Qual marca?
- Não, não! Deixa eu me explicar. Preciso de uma dose de eufemismo! Só para ver se ameniza João! Meu coração tá doendo muito...

O garçom não compreendeu, deixou Flora falando sozinha. João levantou e foi embora. E Flora? Tem certos relaciomentos que só acabando para suavizar um coração. Como se o fim fosse eufemismo: um termo usado para acalmar situações que são difíceis de serem entendidas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Meu nome é verbo (ou estou enganada).

Leio, amo, corro,
Sofro, grito, canto,
Jogo, pulo, danço,
Giro, rebolo, gosto.

São tantos verbos, que perco a conta.
Tantos verbos que fogem das mãos!

Sou feita de verbos
Difícil saber o que mais me define
Todos tem uma característica maior
Eu tenho um verbo

O meu melhor verbo?
Viver.


Obs.: Estou tentando escrever coisas dignas de serem mostradas num lugar onde qualquer pessoa (que saiba ler, digitar e clicar, de preferência) pode olhar. Desculpa os transtornos, ando com a minha cabeça a mil!
Obs 2.: Vou fazer Letras e tenho dito e pronto (Marthar, pode comemorar!).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Lembrar só para não esquecer.

Foto tirada na porta da casa de minha . Cachoeira - Ba

Sentou e esqueceu do tempo. 17:15, 17:15, 17:15... A impressão que ela tinha naquela hora era de congelamento temporal. Essas horas não passam? Foi o que Flora pensou enquanto observava os ponteiros do relógio. E nessa "observação", não percebeu que começou a fluir aquela nostalgia. Pensou nele. Pensou na música deles. Pensou...

"Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo incendeia..."

Lembrava dos mínimos detalhes. Dos dois na porta do quarto, parando o pouco tempo que tinham. Naquela hora havia esquecido de tudo. Só pensava nele, tudo era para ele.

"E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia..."

Lembrou dos beijos quentes, dos abraços, dos apertos...

" É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia: clareia mais forte que o sol!"

Lembrou que ainda tinha que seguir em frente, que já eram 17:16 e que desde que ele saiu de sua porta, nunca mais voltou. Então, para quê continuar pensando? Levantou e viveu. Aí as horas correram, passaram como vento...

Texto inspirado na música Na veia - Cordel do Fogo Encantado (Cliquem e acompanhem o texto com a mesma).

parabéns para mim!

Eu tenho quase certeza de que este foi o aniversário que eu menos esperei coisas e que recebi tudo o que precisava (Sentimentalmente falando...). Quero agradecer a todos que lembraram, que mandaram mensagens, que ligaram, que me deram abraços (Coisa que eu adoro), livros... Muito obrigada por preencher um dos dias que eu mais gosto de comemorar! Beijos para todos!

domingo, 28 de junho de 2009

Because.

Foto tirada em Cachoeira - Bahia (Postarei as outras fotos por aqui, algumas tem textos bonitinhos para vocês).

Observações da Autora (Risos): O título e o texto são inspirados na música Because (Clique no "Because" para ouvir durante a leitura), dos Beatles. Segue o texto:

Giros, giros, giros. Sorriso, calafrio, olho fechado. Segurar-se em um dos cavalos daquele carrossel seria a melhor forma de representar segurança... Segurança? Desde quando ela é segura?! Onde já se viu uma pessoa que não sabe o que quer, ser segura? Ela não estava ali como os outros. Aquele "abraço" no brinquedo não era como os dos outros. Era o aperto de quem sentia um aperto. E esse aperto dava a Maria vontades. Vontade de chorar, de gritar... E parece que quando algo não está bem, sempre aparece algo para ajudar a piorar a situação. De repente, parou de tocar a música feliz (Que sempre tocam nos parques). Ela ouvia aquele solo e não queria crer no que ouvia.

" Because the world is round, i'ts turn me on... Aaaah..."

A cada sílaba, uma lágrima. A cada volta, mais certeza de que tudo na vida não passa de um ciclo. E aquele amor que lhe causou o tal aperto, era o mesmo que brincar nas voltas do carrossel: primeiro vem o encanto, depois o momento tédio e depois acaba. Secou suas lágrimas, pensou em morrer. Morrer para quê? Seria adiantar mais um ciclo na sua vida! Fechou os olhos e deixou o tempo passar...

(Ignorem esse texto, escrevi num domingo tedioso, ouvindo a música que já disse).
*

Mudei o banner, as cores... tudo provisório! Ainda não estou satisfeita... Beijos para todos, irei postar mais vezes!

domingo, 14 de junho de 2009

Compacto!


"Esse é um blog que tenta valorizar pessoas sem recursos que vislumbram Nikons D7356 e derivados. Aqui postaremos apenas fotografias feitas por câmeras compactas, sem os zoons de 450x ou efeitos das lentes maravilhosas que sonhamos em ter um dia. Alguns borrões e qualidade razoável podem aparecer aqui, mas o que faz o fotógrafo não é sua camêra de R$5.000, mas sua sensibilidade de percepção e cara de pau de fotografar com suas compactas fudidas. Mas como tudo nessa vida é arte, o que nos impede de ter grandes fotografias? Seja Bem Vindo."


Texto por Alice, mas o que vale é a idéia: http://com-pacto.blogspot.com !

*
Ontem pude perceber o poder que uma compacta tem. E como disse Alice, o que faz o fotógrafo não é a câmera, mas a sua visão. Espero que gostem do blog, colocaremos nossas fotografias com temas bem legais! É isso aí: U-H-U-L.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

U-H-U-L!


Quem me conhece, conhece a minha fascinação por contos. E não sei todos, mas alguns conhecidos sabem também da minha paixão platônica por Drummond. Não! Paixão platônica, não! Somente admiração. MUITA admiração... E vim pedir um presentinho para meus amigos (virtuais ou não...): Pelo amor de Zeus, alguém me dá mais livros de Drummond?

Obs: Desculpem o transtorno, mas livros bons fazem isso com as pessoas.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A minha onomatopéia favorita.

Na foto: Art

- Eu não ia te contar, mas quando te vi pela primeira vez, meus olhos se abriram tanto, mas tanto que cheguei ao ponto de ouvir um "pá!" das minhas pupilas...
- Sério? (Risos)
- Sim, é sério. Quando me abraçou, senti uma facada no peito ou uma espécie de sentimento que fez "pow!" no meu corpo e entrou para não sair tão cedo...
- Você deveria se chamar Onomatopéia! Seu nome não deveria ser Artur...
- Já que meu nome deveria ser "Onomatopéia", agora irá escutar o melhor som de todos...

PAUSA
Alguém aqui sabe o som do abraço? Preciso saber... Façam de conta que apareceu o som do abraço aqui, por favor.
PLAY

Deu-lhe um abraço bem forte e esse virou o som mais agradável aos ouvidos de Flora. Outro som soou naquele instante... Só escutava o "tum tum" do coraçãozinho dela! Esse som passou a tocar tão rápido, mas tão rápido que Flora só teve uma reação: rir. É, só ele conseguia tirar um riso que nem aquele. Sendo assim, passou a chamá-la da melhor maneira de definí-la: Risoflora.
Enquanto ele trazia os melhores sons e sentimentos, ela o daria em troca o riso mais sincero. E essa é uma das atuais aspirações dela: ser o vento bom que entrou pela janela do quarto de Artur. Aquele ventinho capaz de trazer arrepios e bons sentimentos ao mesmo tempo.

domingo, 7 de junho de 2009

Concrete jungle (ou qualquer outra coisa que defina a vista da minha varanda).

foto por Dauer

Domingo, 16:24. Mais uma vez, estou aqui olhando a linda floresta... de prédios. E eu adoro essa vista, acredite. Me sinto presa mas ao mesmo tempo livre. Livre para fazer os meus pensamentos de solitária brincarem entre esses prédios! Sim, sou uma menina que pensa muito. Penso tanta coisa, que vivo voando. Eu sento na minha varanda, olho para isso e me jogo no mundo. Não falem comigo agora, estou voando.

domingo, 31 de maio de 2009

Aproveitando que a Índia está na moda...

Na foto: minha irmã (obrigada por ilustrar o texto).

14 anos, seguia os costumes de sua terra como uma velha conservadora. Seu nome? Udi. Infelizmente seu pai morreu e a mãe arranjou um trabalho literalmente longe da Índia. Arranjou um emprego no Brasil (Nota nº 1: Imagine as surpresas que ela teve por aqui... Are Baba!). Ao chegar aqui, foi estudar numa escola onde ninguém seguia seus costumes e que dificilmente falavam que nem ela. Aliás, ela tinha uma noção de português por causa de uma amizade com uma firanghi estrangeira (Nota nº 2: Uma brasileira, caso não perceba). Como de costume nas escolas, os professores faziam a chamada para ver quem estava presente na sala. A professora nunca falava o sobrenome de Udi, que se sentia aliviada, pois sabia que ia ser motivo de gozação por aqui (Sabe como é, né?! Melhor perder o amigo do que a piada...). Depois de anos, se apaixonou por um gatinho na sala e resolveu se arrumar que nem as pessoas consideradas normais (Nota nº3: Nada contra os emos...). Se arrumou, mudou o corte de cabelo, mostrou os ombros, usou short... Gostou tanto do novo "look" que esqueceu dos seus costumes e esqueceu do seu paquerinha. Namorou com um, deu beijinhos em outros... Enfim, liberou geral! Foi aí que a professora, depois de conhecer a fama de Udi, resolveu falar na chamada o nome inteiro da namoradeira. Seu nome? Udi Abo (Acho que não preciso escrever mais nada...).
*
Eu preciso ocupar minha mente com coisas que sejam úteis para mim. Como não estou estudando como devia, estou fazendo "textos" como este. Peço desculpas por qualquer coisa. Boa semana para todos.

Obs: Sumirei não só do blog, como de outras coisas queridas na internet. Beijos para todos :*

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como surgiu a ostra (à maneira dos marinheiros).

Pierre: marinheiro, forte, alto, moreno e sedutor (Nota: sedutor ou conquistador? Que seja!). A cada 6 meses viajava e depois retornava para o local onde vivia. A cada 6 meses, uma mulher virava ostra. A primeira "ostra" se chamava Maria. Ele prometeu voltar em 2 dias! Que homem sacana (Pra variar...)! Pediu para que ela esperasse numa pedra na beira do mar. Ela, tadinha, se arrumou correndo e foi se despedir. Se arrumou e na pedra ficou. Passou um dia.... Ela pensou na possibilidade de voltar para casa, comer, tomar banho (Enfim, essa rotina diária de uma pessoa considerada normal (Ou não, viu?))... Rapidamente desistiu dessa idéia... Ele poderia chegar a qualquer hora, veja só que ilusão! Esperou 2,3,4,5 dias. Começou a perceber que sua fisionomia mudava. Mas a todo momento lembrava: ele vai chegar a qualquer hora (Veja só que ilusão [2])... Aos poucos foi se aderindo as pedras. 6 meses depois, coitada, virou ostra...
A segunda foi Joana... A única coisa que foi diferente nessa parte da história foi a promessa de Pierre: prometeu voltar no dia seguinte... Mas se não a encontrasse esperando por ele na mesma pedra que Maria virou ostra (É lógico que ele não disse que isso tinha acontecido!), ele voltaria para o mar e nunca mais pisaria numa terra sequer (Geralmente, homens gostam de fazer papel de vítima). Ela, utópica, não saiu do lugar. Seu destino: O-S-T-R-A. Maria, Joana, Camila, Roberta, Isabel, Alice, Flora, Ana, Belle... Cerca de 20 mulheres viraram ostras em mais ou menos 8 anos. Até que ele conheceu Emannuelly. Ela também acreditou na volta dele. Só não esperou! Depois de 3 horas, voltou para casa. Como o espiava há 1 ano, sabia que ele voltava a cada 6 meses (Nota 2: Ela só não sabia dos "amores" dele). Após 6 meses voltou para a pedra. Ele, surpreso, aprendeu que um dia as pessoas deixam de ser seus fantoches. Ela, esperta, curtiu o que pôde durante os 6 meses e acabou conhecendo Bernardo. Conheceu o que é viver. Agora, ela está feliz da vida. Pierre, coitado, agora está gordo, velho e feio. Tá vendo só?! Tudo muda, meu bem!

sábado, 23 de maio de 2009

Utopia I

Foto por Lucas Azevedo
Modelo: Amanda O. (Pra quem não sabe, sou eu).

Era isso: girar até ficar tonta. Ela gostava daquela sensação... Ficar tonta, frio na barriga? Delícia! Junto com ela giravam os seus sonhos, os seus desejos, as suas imaginações... Por ela, aquele momento nunca parava. Enquanto isso as horas passavam... Tic tac tic tac tic tac... TRIIIM! 6:30 da manhã, hora de ir trabalhar. Levantou da cama, molhou o rosto e percebeu que tudo isso não passava de um sonho.

Para acompanhar o texto e a foto: Cat Power - Metal Heart (Baixem essa versão!)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Para uma menina que é viciada em caqui.


Ontem fui comprar algumas frutas. Havia um senhor com um carrinho para vendê-las. Passei em frente e observei quais tinha. Só que não foram as frutas que chamaram a minha atenção. Havia uma menina que olhava para os caquis como se eles fossem a chave de entrada do paraíso. Me encostei no telefone público ao lado e fiquei como antes: observando. Ela pegava um... Cheirava, apalpava... Não esqueço daquele jeitinho que só ela tinha quando se tratava de caqui. Dava vontade de colocá-la na mão e pôr numa casa de bonecas! Enquanto eu a olhava, ela escolhia o tesouro. Escolheu uns três e se foi. Voltei ao senhor e resolvi comprar alguma fruta. Tá, escolhi o caqui para saber o que tinha de especial naquela fruta... Cheguei em casa, lavei o caqui e logo tasquei aquela mordida. Primeira reação: arrepios. Foi aí que passei a entender a moça. No dia seguinte, voltei ao mesmo senhor e lá estava ela com uma sapatilha amarela, um vestido branco e a mesma admiração por caqui. Desse vez ela me despertou uma enorme vontade de conhecê-la. Ainda pensei em ir até a tal menina do caqui, mas cadê coragem? Assim que ela saiu, me dirigi ao vendedor e perguntei:

- É assim todos os dias?
- Assim o quê?
- Essa moça! Ela sempre vem por aqui? Quer dizer, ela compra caqui todos os dias?
- Sim! Desde que ela se mudou para aquele prédio, ela vem aqui - Aponta para o prédio.
- Ela já trocou a opção? Laranja? Banana?
- Olha, ela deve ser muito especial! Sabe o que ela me disse?
- ...
- Ela me falou que se um dia ela mudar a opção da fruta, várias outras coisas irão mudar.
- Tipo o quê?
- A sensação de estar nas nuvens. É essa a sensação que ela tem. Ela gosta das coisas doces. Ela é um doce...

Nem esperei o senhor terminar de falar sobre a moça. Voltei para a casa. No dia seguinte, repeti o processo de observá-la de longe. Até que ela percebeu a minha presença e me disse:

- Não sei porque, mas tenho a sensação de te conhecer há anos!

Fiquei surpresa e sorri.
- O mundo não ficaria bonito sem o seu sorriso - ela disse.
- E os caquis não seriam o mesmo sem você.

Não quis dizer mais nada (na verdade, não tinha o que falar). Assim que dei uns 20 passos, uma mão me puxou pelo braço. Me virei e ela me disse:
- Meu nome é Vanny. Mas pode me chamar de moça-caqui.
- Meu nome é Amanda. Pode entrar no meu coração.
*
De fato, Vanny existe, come caqui e é um doce. E também entrou no meu coração! Difícil vai ser sair... Afinal, é lá que os bons amigos ficam. Te amo, moça-caqui.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Desanuviar II.


Eram onze e quarenta e cinco da noite. Eu já estava quase pegando no sono. Alguém bateu na porta... Bem, pelo horário, só poderia ser urgente. Não perdi tempo, saí correndo para ver o que era. Era ele com a cara de cachorro-sem-dono-pedindo-para-que-eu-cuidasse-dele. Ele poderia ser menos malvado comigo. Virei estátua, juro! Não consegui ter reação. Só sentia o cheiro de macho misturado com os do cigarro e da bebida. Mesmo assim, ele continuava lindo. Ele, me fitava... Centímetro por centímetro do meu corpo havia sido observado por ele em tão pouco tempo. Principalmente, a renda da minha camisola. Se eu soubesse que era ele quem estava lá fora, talvez trocaria a roupa. Aliás, era isso mesmo que eu queria? Não... Quando pensei em fechar a porta, ele segurou o meu queixo. Aquele olhar parecia entrar no meu corpo através dos meus olhos. E mais uma vez, fiquei sem reação. Ele me roubou um beijo. Ainda sem reação, permaneci alí... Ele me puxou, me segurou nos braços e tentou me levar para a perdição. Não! Eu resisti! O deixei na sala e fui beber água. Cheguei na cozinha, molhei o rosto, me belisquei... É, só posso estar sonhando! Voltei para a sala e não o vi. Pronto: era sonho. Voltei para o quarto. Aliás, ainda não acreditava ter saído de lá. E para a minha sorte (ou azar), ele estava sentado na ponta da minha cama... Me olhando. Eu tentei dar meia volta, mas nem deu tempo. Ele me arrancou, me agarrou e me deitou. Pronto, me perdi. Me beijou, me apertou... Enfim, fez de mim o que pôde. Agora ele está aqui. Dormindo sobre o meu peito com ar de satisfeito. Ah! Esse homem ainda me mata...
*
Esse texto é a continuação do anterior. Como havia dito, minha imaginação anda fértil demais! Boa semana para todos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Desanuviar.

Na foto: M.

Meu coraçãozinho não está preparado para trilhões de batidas por segundo. Com certeza, a sensação que tive foi pior do que a de um ataque cardíaco! Ah, aquele homem! Que mãos, que jeito, que masculinidade! Eu estava curtindo minha ociosidade em casa... Pra que raios resolvi ir até a esquina?! E lá estava ele. Fumando e olhando nos meus olhos. Aí pronto! Não deu outra: me derreti toda! Não sei o que passou na minha mente naquela hora, mas o observei por inteiro. Ele, com cara de nada, apenas olhou para o lado e soltou a fumaça. E passei a observá-la. Olhei tanto que cheguei ao ponto de vê-la me puxar para aquele pequeno muro. Não resisti. Fui. Ah, se fui! Foi aí que não senti minhas pernas! Comecei a sentir frio na barriga, pernas bambas... E quanto mais perto chegava, mais aquele cheiro de homem eu sentia. Cheguei no muro e nem dei me dei conta do que estava fazendo. Apenas cheguei, afastei o cigarro daquela boca e o beijei. Talvez essa tenha sido a atitude mais certeira da minha pequena vida. Ainda não o vi de novo, mas de uma coisa eu tenho certeza: não quero ser a fumaça do cigarro que se vai com o vento. Quero ser a chama. Um dia apaga, mas enquanto dura...
*
Ainda tem mais uns 3 textos inspirados em fotos que vejo por aí. Nada disso se passou acima, mas é que minha imaginação anda meio fértil de uns tempos para cá...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Duelo de Magia.

Certa vez, dois magos estavam disputando o poder de sua magia. O mago 1, tinha a vara maior e mais moderna. O 2, uma pequena e meio fora da "moda" (Do jeito que as coisas andam, nem varinhas se safam!). Para piorar a situação, uma linda princesa apareceu (Todo conto que envolve magia, na maioria das vezes, tem uma). E para estragar mais ainda, ela disse:

- O dono da melhor mágica terá o meu amor!

Começou a verdadeira disputa. Os magos começaram a pensar no que fazer. O mago 1, aproveitando a sua "melhor" vara, disse:

- Ah, mas é claro que eu vou ganhar! Sabe, vou te transformar num homem feio!
PLUFT!
- Ora, me transformar em feio não muda muita coisa. Sabe o que vou fazer?
PLUFT!
- Me transformou em que? Em um mais bonito?! Com essa vara pequena, é claro que nada dá certo.
- Então, vou te transformar em poeira. Quero te mostrar o que posso fazer com "essa vara pequena".
PLUFT!

Não é que o feitiço deu certo? Junto com o mago 1, a vara grande também virou pó. A princesa encantada com o mago 2, o contou o que pensava:

- Tá vendo só? Eu fiz isso para provar que não importa o tamanho da vara, e sim, a mágica que ela faz.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!

Alguém lembra da minha TPM ontem? Sabe como é, sou flamenguista desde pequena, ontem, final contra Botafogo, bom resultado... TPM sumiu. Estou muito feliz, muito bem!

domingo, 3 de maio de 2009

Tenha medo.

Domingo, chuva, TPM, cansaço. Tudo bem, isso é normal. Acontece com qualquer um. Só que quando ficamos "estranhos", começamos a ver tudo chato. Meus irmãos estão um saco, meu pai cada vez mais velho, minha mãe tá falando demais... Todas essas coisas passaram pela minha cabeça de manhã. E que pensamento chato! Fica dica: mulher de TPM? Tenha medo.

"When you're strange no one remembers your name! When you're strange, when you're strange, when you're straaaaaaaaange..."
(People are Strange - The Doors)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pingos da Chuva.

Devo admitir: tomar banho de chuva é uma delícia! Fui para o curso e depois encontrei duas amigas na Biblioteca. Conversamos, olhamos o que precisamos comprar, vimos algumas fotografias... Mas, a responsabilidade me chamou (trabalho, trabalho...). Peguei um ônibus quase lotado (ainda dava para respirar dentro dele, então...). E, sem brincadeira, assim que coloquei os pés fora do ônibus caiu uma chuva daquelas. Até o seguinte momento, tudo estava bem. Cheguei em casa ensopada (e feliz, eu adoro tomar banho de chuva). Tomei um banho quente, coloquei meu pijama, olhei para cama e... lembrei: hoje trabalho! Se alguém quiser me substituir hoje, por favor, me liga! Minha cama deve estar quente, meu quarto escuro...

Obs: Se não conseguirem comentar, me avisem por e-mail (mee.mandy2@gmail.com). De uns dias para cá, o blog tem brincado muito comigo, sabem?

Foto tirada em Setembro, Rio de Janeiro.
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Ah! Tenho que agradecer a Carol por me indicar um playlist para dias chuvosos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

28 de Abril: Dia da Sogra.

Tá, hoje o almoço tinha tudo para ser ótimo. Disse certo: tinha! Não sei o que passou na minha cabeça quando pensei em fazer uma surpresinha para minha sogra. Convidei a adorável para passear comigo e depois vir para minha casa almoçar. Fui buscá-la umas 7, horário que, segundo ela, "o Sol está uma delícia" (Sim, estou imitando a querida falar). A levei para caminhar na praia, paguei água de côco, depois, fomos ao shopping fazer umas comprinhas. Na verdade, eu pensava que seria uma compra de pouco valor. Não é que a desgraçada esgotou todo o meu limite do cartão? "Ah, eu preciso disso!" ou "Nossa! Como eu queria tanto ter um colar desses...". Todas as desculpas possíveis para conseguir o que queria, ela deu. E conseguiu (Tá, meu marido vai ralar, mas vai pagar meu cartão!). Mas, tudo bem. Respirei fundo e disse que tinha que adiantar o almoço - antes que ela pense em outra coisa. Ao chegar na minha casa, ela começou a andar pela casa, observando T-U-D-O. Até passar os dedos nos móveis para encontrar poeira, a miserável fez. Depois, resolveu me olhar cozinhar. Começou a dar palpites em tudo. "Põe mais sal!", "Meu filho não gosta de cebola! Corta em pedaços pequenos para ele não perceber", "Ah, não acredito que você usa isso! Na minha época, eu mesma fazia, não comprava pronto". AAAAAAAARGH! Para que inimigos quando se tem Soraia como sogra? Enfim, continuei a não ligar para o que ela dizia. Fomos almoçar. Meu marido chegou no horário certo (para meu azar). A diaba... Desculpa, Soraia, começou a dizer coisas que não haviam acontecido. Disse que estourei o meu cartão com roupas para mim, disse que fui para a praia e esqueci de buscá-la... Foi aí que minha paciência esgotou (idem para o meu cartão). Bati as mãos na mesa, dei uns gritos na mulher e fui para o quarto. A incrível sogra caiu na gargalhada e disse que era melhor me internar. Ainda bem - ainda bem mesmo! - que Bernardo conhece a mãe que tem. Mas, uma coisa aprendi: nunca mais a convido para mais nada. Sogras não são tão legais assim (A minha, diga-se de passagem!).

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Até onde sei, nenhuma das 3 sogras que tive, foram assim comigo. Ainda bem! Beijos para todos.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O gato e a lagartixa.

Gato, com toda a sua malícia, tentava adular Lagartixa. No começo, ela não pensava na astúcia de Demetrius (nome do Gato).

- Que tal brincar de estátua? Você pode ficar paralisada quando eu disser já... (Disse o gato tentando disfarçar suas verdadeiras intenções.)
- Ora, mas porque essa brincadeira?
- Você gosta de brincar?
- Sim, gosto!
- Então... O que custa? Só uma brincadeirinha...

A Lagartixa (ela não tem nome, eu tenho medo de lagartixa, por isso não consigo imaginar um nome para ela) resolveu brincar. Mas o gato tentou pular nela antes de falar já...

- Você não disse "já"! Não pode tentar me fazer mexer antes da hora!
- Ah, claro - riso maléfico - tinha esquecido desse pequeno detalhe! Vou contar até três, ein? 1... 2... 3 e já!

Demetrius agarrou com a pata o rabo da lagartixa, tentando abocanhá-la antes dela pensar em respirar. A lagartixa, miseravelmente esperta, soltou o rabo e correu. O gato ainda surpreso disse:

- Mas, porque você fez isso?
- Antes dar o rabo do que dar a vida.

Moral da história: O gato aprendeu que não adianta se achar esperto.

Texto inspirado no livro Fábulas Fabulosas de Millôr Fernandes (Que por sinal, tenho até que devolver para Vanny...). Beijos e boa semana para todos.

Fica a dica: A melhor coisa é ver seu salário nas mãos! E é claro, visitem minha galeria! Link aqui

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.

Foto por Vanny Araújo.

Eu: 1,60m, morena, cabelo cacheado... Fisicamente, sou meio latina (Créditos a Babi, que insiste em dizer que sou latina! Nada contra, acho uma graça quando ela me diz isso). Por dentro, sou feita de carne e osso. Assim como você. Já minha alma nos diferencia! Por dentro (agora por dentro de toda carne e osso), acredito que sou simples. Vejo as coisas de uma forma mais bonita. Garanto que não era assim. Aliás, vivo em constantes metamorfoses. Hoje estou feliz. Amanhã posso ouvir uma música e ficar triste do nada! Tenho muitas fases em muito pouco tempo. E digo mais: amo ser assim. Como diz meu amigo Raul (cof cof), eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

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Mudando de assunto... Eu preciso urgente de uma câmera. Meu flickr está muito abandonado. Obrigada por me fotografar ontem, Vanny!
Link do Flickr: http://www.flickr.com/photos/amandaoliveira_/

Bom final de semana para todos! Um super beijo!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Parabéns, Alice.

Se tem um dia que eu adoro, é o dia em que é aniversário de alguém que gosto. Adoro dar abraços, adoro fazer o aniversariante sorrir... Hoje é um dia especial (Na verdade, todos os dias são...). Alice é a aniversariante do dia. Para íntimos (ou não), é chamada de Robson. O que eu mais gosto de lembrar é o dia em que a conheci. Isa tinha combinado com umas amigas de ir para a praia. Fui ao shopping perto da casa dela para encontrá-las.

Isa: Ah, vamos só esperar Robson.

Quem me conhece sabe que tenho uma pequena dose de lerdeza e fiquei esperando pelo tal Robson. Alice chegou e Isa falou que já estavamos indo para a praia. Eu ainda esperava pelo cara... na verdade, até hoje espero, porque Robson é o apelido de Alice e eu só fui me tocar bem depois. Hoje, sei que tem uma pessoa especial, fofa, linda... Enfim, um alguém que é bom lembrar! Parabéns, Alice.