domingo, 30 de agosto de 2009

Grandes amêndoas.


Eu não sei se gosto mais do seu gosto ou se gosto do gasto
Talvez sejam esses seus olhos graúdos
Que me hipnotizam e me arrastam
Talvez seja só saudade...

Sempre talvez, nunca certeza
Nunca? Realmente seria certo usar nunca?
Vai saber...
Só sei que são essas grandes amêndoas que me fazem voltar

Me levam para o lado surreal da vida
Me levam até você
Me levam à loucura
Me levam ao prazer


Obs: Ilustrei com os olhos de Paul porque não veio outro na minha mente.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Atenção: curvas perigosas.

Auto(curva)retrato

Pra não dizer que não avisei, irei repetir:
Aviso que não sou uma estrada fácil,
que não é fácil se encontrar em mim
e que não sei ser constante

As minhas curvas são para você se perder
As minhas curvas são para você se perder em mim

Caso você se perca ou pare em algum lugar,
Saiba que posso te ajudar, posso te dar
e que posso te encontrar

Sabe onde moro, sabe como me chamo
e sabe que, embora perigosas,
nas minhas curvas estão o seu lugar


Inspiração: Na música " O Seu Lugar - 3 na Massa" (Obs: Com a voz de Thalma de Freitas, é impossível não se inspirar).

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pausa dramática no relógio dele.

Hoje foi a vez dele estar no bar. Motivo número um: ele tinha que esperar dar 12:30 para ir embora. Motivo número dois (o mais lógico): ela. Sim, ele sabia que era improvável a presença dele ali, mas nunca se sabe, não é mesmo? 12:01, 12:01, 12:01... Olha para o lado, ri de alguém com algum jeito estranho de andar. 12:02. 12:02, 12:02... Pega um caderninho, escreve uma besteirinha e volta para as horas. 12:03, 12:04, 12:04... É, acho que o tempo brinca com as pessoas. 12:05! Pronto, agora ela chega. Olha para o lado e... nada. 12:05, 12:06, 12:06, 12:06... Puta que pariu, foi o que ele pensou. 12:07, 12:07... Deve ser agora... Devia, mas não foi. Pegou um livro, começou a se destrair. Afinal, o tempo brinca com as pessoas. A hora passou. 13:05, já era para ter ido embora. Pagou as duas cervejas, deu um gole rápido no último copo e saiu correndo. Como já disse: o tempo brinca com as pessoas, já era hora dele se tocar que já devia estar em casa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para a dona dos oceanolhos.


Devo adimitir que me irrito muito com você. Que sinto vontade de te encher de murro e dar uns gritos no seu ouvido para você tomar jeito. Mas quem sou eu para mudar alguma coisa? Aliás, porque eu faço isso mesmo? Não sei se você conhece, mas isso se chama amor. Lembra o duro que dei para te agradar? E ainda mais: lembra de tudo o que eu já fiz por você, querida? E quer saber de uma coisa? Faria isso tudo de novo! Não sabe o quanto é bonito sentir frio na barriga por ouvir suas palavras de felicidade. Não sabe o quanto é doloroso ver você chorar. Não sabe o quanto é engraçado ouvir suas piadas. Seus relacionamentos, seu riso, seus olhos, seus surtos, suas manias, seu tom de voz... Você, em geral, é uma das coisas que eu mais gosto nessa vida. E sabe porque, Polizinha? Porque somos amigas, porque eu te amo e porque você existe. Obrigada por me deixar desfrutar do laço que criamos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prosa para um poeta I.

Na foto: Avenida 7, Salvador - Ba.

Um encontro totalmente diferente de todos os outros que ele teve. Onde já se viu ver uma mulher sozinha no bar? E ainda te digo mais: ela escrevia. Que coincidência... Ele também. Não foi preciso muito tempo para o mesmo tomar coragem de ir falar com a moça. Cinco segundos ou menos. Acredite, em cinco segundos dá para pensar em muita coisa. Pensar? Mudem esse verbo para agir. E foi o que ele fez: agiu. Foi até ela, como quem nada queria, puxou um espaçozinho para uma prosa. A conversa estava boa, mas ele precisava ir. Ela? Nem tanto. Tinha a tarde toda para continuar ali sentada. Então, ele saiu. Foi fazer o que era para ter feito antes de conversar com a tal. Só que durante o caminho, ele só pensava naquela conversa que não saia da cabeça. A forma de exaltar a Grécia, o jeito de reclamar sobre a falta de criatividade nos seus textos, a maneira como ela falava... Enfim, foram várias coisas que fizeram com que ele não parasse de pensar nela. E para dar um "up" na vida ou até mesmo para fazer uma cena de cinema imaginário, ele voltou. E lá estava ela: sentada na mesma cadeira, observando a vida alheia. Sentou ao lado dela, continuou a antiga prosa. E essa prosa era uma das prediletas dele: pessoas diferentes se identificam com pessoas diferentes, sabiam? O que ela dizia, ele completava. Do que ela falava, ele ria e adorava. Mas as horas passam e já era hora dele ir trabalhar. E antes que ele fosse, ela o deu uma luz (ou uma proposta? que seja!). Apartamento mil e seis. Essa foi a última coisa que ele escutou. Ele ainda vai voltar para perguntar onde fica o prédio em que ela mora. Ele pensa em voltar para aquele mesmo bar. Ele pensa. Por enquanto só pensa!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Debaixo dos caracóis do meu cabelo.


Assim ele adormeceu. Era uma noite como qualquer outra, uma mulher como qualquer outra… Calma! Eu não sou uma mulher como qualquer outra. Sou a menina dos olhos dele. Além das curvas dos meus cabelos, outras curvas o encantavam. As das costas, das pernas, dos ombros… Enfim, todas as curvas que podiam ser vistas naquele quarto. E era comigo que ele sabia que tinha um lugar para repousar: debaixo dos caracóis dos meus cabelos.

-

Eu estou me segurando há dias para não levar esse blog para o lado pessoal, mas isso eu tenho que contar. Eu estava muito chata. Tensão Pré-Monsrtrual? Talvez. Cansaço? Talvez. Falta do que reclamar? Talvez. Não sei o motivo e nem pretendo descobrir. Estava brigando por tudo e com todos. Ainda bem que passou! Dei uma ajeitadinha no visual. Pintei o cabelo, dei um jeito na sombrancelha, estou perdendo peso... Vamos ver se dá jeito!

Obs: Já havia postado esse texto em outro blog... Antes de deletar o mesmo, vou postar os textos que valem alguma coisa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eu sou sua menina, viu?


Pode me ignorar, pode continuar jogando essa fumaça no ar, pode! Só você sabe o quanto e quando você pode. Pensa que eu não sei que esse é o seu joguinho? Ora, Chico, desde que me conheço como sua gente, me derreto quando põe a mão tampando um dos seus oceanolhos, quando canta baixinho, quando dá meia volta numa caminhada na praia... Eu vou te seguir onde quer que você vá, vou ser seu prato do dia, seu pra todo dia ou qualquer outra forma de me definir como sua refeição. Ah, Chico, não faça de conta que não me ouve! Larga essa fumaça e vem para cá... Venha ver o bem que você faz ao meu corpo...