quinta-feira, 27 de maio de 2010

Enquanto isso na lanchonete.

foto por marcusp, do flickr

Sentaram um de frente para o outro e não trocaram um oi sequer. Pediram o que deveria ser pedido.

- Uma água!
- Um suco, por favor.

Durante a espera, o silêncio não os deixava. "Isso que deve ser o fim", pensou ela. "Isso que chamam de amor quando acaba", pensou ele.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Encontro

E finalmente havia dado oito horas. E ele havia chegado no horário. E a campanhia havia tocado. E ela, bem, estava alí.

- Entra, disse ela.

Era um encontro ansioso. Ânsia de beijo, ânsia de conversa, ânsia de toques, sentidos e finitos embaraços. Ele, meio travado. Ela agoniada. Era a primeira vez em que eles estariam finalmente "a sós".

- Quer café?
- Sim, eu quero.
- Mas não tem açúcar. Sabe que o doce aqui sou eu?
- Sei sim. Mas o que posso fazer com esse meu doce?
- Fica ao seu critério.

-

E o que houve depois dessa resposta? Também fica ao seu critério. Afinal, é muito mais gostoso imaginar o que poderia ter sido - ou não sido - do que ver quando já foi.