- Mamãe, leva pra lá? - apontou para o mar.
- Levo, minha bebê.
- Mamãe, isso dodói?
- Isso? Água?
- Aham.
- Não, filha. Só se você for para lá - apontou para o fundo do mar.
- Ahh...
- Mãe, chão.
Ao coloca-la no chão, Ester quis aproveitar as pequenas ondas para pular sobre elas. Entre um pulo e outro, uma pequena queda. O mais interessante, não foi o fato dela ter levantado sem chorar, foi o questionamento sobre algo que eu nunca ouvi uma criança perguntar.
- Mãe, porque cai?
- Porque você se desequilibrou, filha.
- Quando a gente cai, a gente levanta (pequeno riso).
- Sim, filha!
- Porque, mamãe?
- Um dia você vai entender...
- Mas a gente sempre cai e levanta, né, mamãe?
- C'est la vie, mon'amour. C'est la vie...
Ester voltou a brincar com as ondinhas e eu fiquei pensando... A vida é cheia de altos e baixos. Melhor que sempre que tem um "baixo", a gente se acaba, mas levanta. C'est la vie, c'est la vie...
Obs: "C'est la vie" = "É a vida!"
Obs 2: Nada disso citado no texto aconteceu. Esse foi mais um fruto da minha querida imaginação (que tem ficado cada vez mais fértil).
Obs 3: Não estou conseguindo comentar em alguns blogs - antes que alguém pense que não dou valor aos textos dos outros.
8 comentários:
muito bom mainha...
*-*!
"C'est la vie"!
Me perdoe a falta de poesia, mas vc é foda!
que texto mais encantador, amanda.
beijos!
Tão doce e tão verdadeiro. Me fez pensar na minha infância, quando eu tinha medo das ondas :p
bjus
Caramba, sou viciada em seus textos!
C'est la vie sim. É assim.
lindo.
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