sábado, 23 de outubro de 2010
Se soubesse.
Ah, se ele soubesse o que ele faz comigo!
Juro que não me deixaria assim
Calada, parada, encantada
E como quem não quer nada,
Lá vai ele pela estrada
Ah, se ele soubesse que tudo isso é fogo!
Que esses dias estão um sufoco,
Mas que ele tem o local para meu repouso
Se ele soubesse, estaria aqui comigo
Se fazendo de abrigo, de amigo e de marido
Como quem também não quer nada,
Só me deixar querendo ser levada pela sua estrada
Ah, se ele soubesse!
Ah, se soubesse!
Ah, se ele aqui estivesse!
Ah!
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Por que em briga de marido e mulher não se mete a colher.
- Ah. quase nada!
- Como assim? Quase nada?! - perguntou ela assustada com a resposta dele.
- Sim, quase nada.
- Ah, sim.
- Ah, ok.
- É sério isso?
- O quê?
- Isso! Essa coisa de me achar um quase nada.
- Claro que é. Por que? O que você achava?
- Ah, não sei. Achei que iria receber uma resposta menos seca e coisa e tal...
- As pessoas e as manias de achar que tudo merece eufemismo.
- Credo!
- Credo o que?
- O que houve com você?
- Ah, nada.
- Quanto nada para uma conversa só!
- Pois é...
- Olha, pare com isso!
- Parei.
- E agora me diz: o que sou pra você?
- Quase nada. Quase nada sem você tem sentido.
- É sério?
- É. Se eu digo outra coisa você também pergunta se é sério.
- Não está brincando?
- Não.
- Então me diz: o que eu sou pra você?
- Tudo. Ou quase tudo.
- É sério?
- Está duvidando mais uma vez?
- Não...
- Ah, sim...
- Me dê uma resposta logo. O que sou para você?
- Meu mundo.
- É?
- É.
- É mesmo?
- É sim.
- Prove!
- Ah, se dane. Toda hora fica pedindo para eu responder a mesma coisa.
Brigaram como se não houvesse amanhã. Mas uma hora a briga acaba e aí vem a hora de acalmar os ânimos. Como todo casal, vocês já sabem como eles terminaram a briga. Na cama, é lógico.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
História sobre amor e flor
- Menino, saia já daí!
- Calma, mãe!
- Calma? Há duas horas você está na mesma posição... Perdeu alguma coisa? Menino, aconteceu alguma coisa?
- Não, mãe... (Olhava para os olhos da mãe e voltava a cabeça para baixo na mesma hora)
- E por que não sai daí?
- Ah, mãe...
- João, me responda! Por que você não sai desse lugar?
- Meu pai, mãe.
- O que tem ele? O que ele fez? João, fala alguma coisa!
- Mãe, meu pai disse que o amor é que nem jardim. Tem que cuidar muito bem dele para ele crescer bonito. Tô aqui conversando com as plantinhas. Quero ter muito amor. Por isso tô aqui, mãe. Tô esperando elas me contarem como o amor floresce.
- Mas, menino... (Balançou a cabeça e saiu dando risada)
sábado, 18 de setembro de 2010
As palavras que Jorge não vai ler.
Infelizmente, este é um texto que não será lido pela pessoa a quem dedico. Uma boa parte dos meus textos publicados em algum blog meu, tem um dedo desse cara. Ele era meu professor de redação e leitor dos meus escritos. Não só leitor, como "cutucador". Sempre tentando arrancar o número máximo de palavras da minha mente. Afirmava que eu sempre deveria falar. Independente do assunto, o importante era botar pra fora. E pôr em prática principalmente a escrita, pois segundo ele, eu tinha o dom para tal coisa. Se eu tenho, eu não sei. Mas só sei que aprendi muito com ele. Aprendi a lidar com pessoas de temperamentos difíceis (ele foi um exemplo), a escrever sobre as situações inesperadas do coração, a organizar as minhas ideias que são muitas e bagunçadas na mesma intensidade da quantidade... Enfim, obrigada por me dar um empurrão para dentro do reino das palavras. E tenho certeza, Jorge, que se você pudesse me contar como seria a "vida" depois de morto, que você viria com algum comentário ácido e irônico, fazendo com que eu libere aquele riso que você sempre tirou de mim com suas palavras. Espero que continue fazendo essa cara para todos os argumentos que você escute por aí. Afinal, se você não cutucar alguém, não será você.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Momento de Reflexão.
Apenas pensei porque assim que a luz parou de refletir, vi que o deus virou o diabo e que eu deveria estar de óculos escuros. Ai, deus! Ai, luz! Volte a refletir, linda luz!, assim pensei logo em seguida.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Capítulo I: A saída.
Realmente eu precisava de uma ajuda. Sim, eu me sentia feia, meio fora de moda, de peso e de mim. Cabelos mais estragados do que o pão que eu havia jogado no lado da pia há 15 dias, unhas mais feias do que a maior aberração existente, barriga... Bem, acho bom mudar um pouco de assunto.
Certo dia... Quer dizer, nesse dia que acabei de falar, acordei para vida. 16 dias sem ter ido ao trabalho, sem ter respirado o cheiro de poluição das ruas, sem exatamente nada. “Tpm talvez”, ouvi o vizinho dizer para o porteiro que batia na minha porta. Eu não sei muito bem o que foi aquilo, mas garanto que soube o que era ter dias que pareciam que não iam passar nunca.
No dia que acordei para a vida, fui à padaria comprar o pão de queijo que adoro, depois fui à feira – adoro frutas frescas, e, finalmente, fui ao salão.
- Joana, deixa eu te apresentar a nossa nova funcionária.
Camila. Nome da nova funcionária de 21 anos que havia acabado de chegar do Tocantins. O tipo de funcionária ideal para qualquer empresa: sabia fazer de tudo.
(O resto do texto está no meu projeto de livro. Aguardem).
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Sem título.
Ele pegou esse costume depois de terminar seu último relacionamento. Sério, gente! A falta de certas coisas enlouquece. E se tem uma coisa que realmente deixa a gente doida é a puta falta de sacanagem! Estou falando do ato mesmo! E foi por isso que ele ficou desse jeito. Afinal, sexo e dinheiro é o que todo mundo precisa.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Transtorno amoroso compulsivo.
- Fique tranquila, não deve ser algo sério.
- Não, não acho. Sinto que está me deixando de lado.
Passou uma semana e ele continou da mesma forma. E ela também, continuava desconfiada. Até que ela não aguentou mais e foi à casa dele sem avisa-lo. Ele, surpreso, abriu a porta com cara-de-que-não-era-para-você-estar-aqui-agora. Ela, indignada, entrou sem esperar ele sair da frente com cara-de-que-fale-logo-o-que-está-acontecendo. E mais uma vez, o celular dele em mãos. "Oh, céus!", gritou ela. "Não é possível! Que diabos você tanto faz com esse maldito telefone?". Ele disse que não poderia explicar antes de chegar o dia certo. Quando uma mulher se irrita, meu amigo, sai de baixo! E não foi o que ele fez. Simplesmente continuou a esconder o celular como quem esconde um tesouro. Foi aí que ela perdeu a razão, tirou uma arma da bolsa e atirou sem dó, nem piedade no lado esquerdo do peito dele. Pegou o celular e lá estava uma gravação pronta para ser ouvida. Não pensou duas vezes em ouvir e quando apertou o play o ouviu cantando "Eu amo você, menina" numa versão que ele havia alterado para "Eu amo você, Amélia" com direito a recadinho de parabenização pelos dois anos de noivado. Ela, depois desssa, obviamente se matou.
sábado, 19 de junho de 2010
Eu sou sua menina, viu?
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Urgentes incêndios.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Enquanto isso na lanchonete.
Sentaram um de frente para o outro e não trocaram um oi sequer. Pediram o que deveria ser pedido.
- Uma água!
- Um suco, por favor.
Durante a espera, o silêncio não os deixava. "Isso que deve ser o fim", pensou ela. "Isso que chamam de amor quando acaba", pensou ele.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Encontro
- Entra, disse ela.
Era um encontro ansioso. Ânsia de beijo, ânsia de conversa, ânsia de toques, sentidos e finitos embaraços. Ele, meio travado. Ela agoniada. Era a primeira vez em que eles estariam finalmente "a sós".
- Quer café?
- Sim, eu quero.
- Mas não tem açúcar. Sabe que o doce aqui sou eu?
- Sei sim. Mas o que posso fazer com esse meu doce?
- Fica ao seu critério.
E o que houve depois dessa resposta? Também fica ao seu critério. Afinal, é muito mais gostoso imaginar o que poderia ter sido - ou não sido - do que ver quando já foi.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Para ela saber que não está só.
Me deitei no jardim e deixei a luz entrar pela janela da alma. Me enchi de vida.
O suficiente para me levantar e recomeçar o dia. Afinal, a vida continua. E há muita coisa me esperando...
Texto para minha querida Sofia.
sábado, 24 de abril de 2010
Para meus meninos.
Tem pequenos problemas no meio - distância, mas não há nada que se possa fazer. O que é um coração sem seus impecílios?
São filhos que qualquer mãe deseja ter, namorados que toda menina sonha, amigos que todo mundo tem que ter... Carregam poesia, amor e música no peito. Tem coisa melhor?
É escrita, é fotografia, é beleza, é tudo... Tudo aquilo que quero bem perto de mim.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Câmbio, não sei se desligo.
Primeiramente, vim dar um toque, um sinal, um "oi", um "estou viva". A minha criatividade resolveu voltar, mas ainda não passei as coisas para cá.
E outra, cansei de só postar textos fictícios. Preciso de um blog pessoal e acho que não preciso criar mais um para a 'função' que """"necessito"""" - sim, muitas aspas.
Peço desculpas pelos próximos transtornos, mas eu desatinei!
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Vulgo Qinho & O Que Eu Acho.
Tudo começou com um comercial da Multishow. "Você conhece esse som?" foi o que me foi questionado. A resposta: eu não conhecia. Mas havia adorado o que eu tinha escutado. Pensei em pesquisar em comunidades, ou até mesmo no bom e velho google, mas até então não era o que eu realmente precisava fazer ou então eu desviava o foco da procura para páginas de relacionamento ou outro site pelo mundo virtual.
Esse "lenga-lenga" só foi acabar mesmo quando um amigo me enviou um arquivo. E esse arquivo era justamente a música do comercial. Aquilo foi o ápice do meu dia, pois o que eu enrolei tanto pra fazer de repente estava nas "minhas mãos" - ou no meu computador, se preferir.
E agora apresento a vocês (que não conhecem, vale ressaltar) Vulgo Qinho & Os Caras. Banda altamente tropical com aquela malemolência de música para dias de sol. Porém, a banda acabou (infelizmente!) e agora o Qinho faz um projeto solo que é minha super indicação para dias de chuva. Agora vou disponibilizar os links e espero que gostem.
Vulgo Qinho & Os Caras
Qinho
terça-feira, 6 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Chá de sumiço.
Eu não sei me empenhar focando em uma coisa só. Sempre me destraio na internet ou até mesmo na parede do lugar que eu estiver. E se eu quero algo bom para mim, acho bom eu me focar e esquecer o que me desvia.
Vou sumir sim, mas quando eu achar que é o tempo de postar algo interessante (Se minha criatividade voltar a funcionar, vale ressaltar), estarei por aqui desatinando - como sempre.
Ando envolvida com desenhos, história da arte e coisas do gênero para fazer Design de Interior. Eu não esqueci Letras, mas acho válido atirar para outros lados.
Acho que não tenho mais nada para dizer.
Obrigada por ler.
E isso é tudo (Ou um terço de tudo).
quinta-feira, 25 de março de 2010
Depoimento do jogador Biro-biro para o jornal Futebol.
Em 1967, fui jogar no Mengão. No começo era o tímido e hoje estou aqui: com a taça do mundo nas mãos. Somos campeões da Copa do Mundo de 1970 e eu fico me perguntando o que seria de mim se não agarrasse os meus desejos com os dentes.
Minha mãe agora mora no Leblon, eu e minha família temos dinheiro para dar e vender... Mas isso não importa! O que importa mesmo é que agora minha mãe não reclama mais das dívidas, tenho a família que sempre sonhei ter e não me importo se a fama acabar. O que vale mais é o que conquistei até aqui. Nome, dignidade e vitória.
Obs: Desculpa os transtornos no layout. Eu e o blog estamos em reformas.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Para a minha preguiça.
Depois de vários dias preenchidos pela rotina, pelas irritações, por agitações e afins, eu sinto que preciso disso: chá de sumiço.
Pelo menos só por hoje. Só hoje...
Desligou o despertador e aproveitou o não-dia.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Foi um Rio que passou em minha vida.
É, saudade.
Obs: Desculpem o sumiço... Criatividade também sumiu comigo.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
A vizinha suicidio.
Eu, como boa observadora, tenho pelo menos 30 minutos do meu dia para ver a vida dos outros. Sim, isso mesmo. Da janela vejo quem tá passando lá em baixo, quem tá namorando na janela, que roupa a perua do outro prédio resolveu usar no dia... Enfim: o cotidiano. Só que ontem... Nossa! Aconteceu o inusitado: eu vi uma cena de arrepiar! Típico de um drama daqueles que viram um clássico.
Até onde eu vi, ela tinha um certo caso com um certo alguém. Bom, não tão certo alguém porque eu via homens diferentes entrando lá... Voltando ao foco, tinha um que frequentava com mais frequência que os outros.
Alto, cabelo castanho, roupas escuras e uma garrafa na mão. Era assim que ele entrava no apartamento. Ela,ou se arrumava toda ou estava seminua, afinal, é bom diferenciar para essas coisas, né? Ele entrava, o som aumentava e as cortinas se fechavam. Logo: eu não posso contar o que acontecia, pois eu não via e só previa.
Mas anteontem, a cortina não se fechou e eu continuei olhando (como já contei, tenho mania de tirar alguns minutos do dia para ver o que se passa no mundo - pelo menos na minha rua, vale ressaltar). Ele entrou, mas sem a garrafa dessa vez. Entrou sem as roupas escuras, com a barba pra fazer e ela estava como sempre estava enquanto o esperava. Ele não passou da porta e ela parecia gritar. Gritava frenéticamente, sacudia os braços, dava voltas pela sala e ele o tempo todo intacto. Aí ele entrou, bateu e saiu. Aí ela gritou, chorou e o rádio ligou.
Então, ao som de Maria Bethânia e alguns rodopios, ela se lamentava pelo que acontecia. Passou para o lado que eu não conseguia ver, voltou e parou virada para a parede da porta e Maria cantava "Vem que eu te quero fraco / Vem que eu te quero tolo / Vem que eu te quero todo meu" e aí que eu vi uma arma, um tiro para cima e um não-suicídio, afinal, a autora está cansada de ler textos com suicídios previsíveis.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Sobre o chão da sala e Cartola.
As horas, os beijos, o fogo, o amor, os dois, o chão da sala e tudo aquilo aquece o nosso coração.
Ele, ela e mais uma vez: o amor.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Infinito.
Ele: O que?
Ela: Estamos casados esse tempo todo. Será que vai ser eterno?
Ele: Ora, ora, Carmem...
Ela: Não sei, essa modernidade toda... Essas meninas com a carne dura. Você pode não me querer!
Ele (entre um riso e outro): Ora, ora, Carmem... Se estamos até hoje, para que ia te trocar por outra? Elas não vão querer trocar minhas fraldas no futuro.
Ela: E eu quero?
Ele: Não sei.
Ela: Não, não quero.
Ele: Mas quer ir para eternidade? (acelera o carro)
Ela: Quero.
Carmem segurou a mão de João que estava sobre a marcha. João acelerou o carro até a velocidade finita. Bateram num poste e o mesmo caiu sobre o carro. Encontraram um bilhete na bolsa de Carmem em que João havia escrito: "Amor da minha vida. Daqui até a eternidade". E talvez seja assim que uma história de amor dure pra "sempre".
Obs: Não sei o que houve, mas perdi os links dos blogs que ficavam logo alí ao lado. Peço desculpas caso esqueça de repôr algum.